segunda-feira, 26 de julho de 2010

Uso errado de notebooks pode causar danos na coluna

Segundo Crefito-SP, problemas por esforço repetitivo atingem até 80% dos usuários.

Hoje, no Brasil, o mercado de computadores portáteis está em ascensão: pela primeira vez serão vendidos mais notebooks que desktops, ou computadores de mesa. Mas esses pequenos e funcionais equipamentos podem trazer um sério risco à saúde, quando não usados de maneira correta. Isso porque é fácil se acomodar em qualquer lugar para utilizar o mínicomputador. E esse mau uso pode ter consequências graves e causar lesões por repetição, se o usuário não tiver cuidado.

Segundo o Conselho de Fisioterapia e Terapia Ocupacional de São Paulo (Crefito-SP), os problemas por esforço repetitivo - que atacam punhos, cotovelos, ombros, pescoço e coluna, atingem até 80% dos usuários.

Para evitar as dores é só seguir algumas dicas importantes. Segundo o fisioterapeuta Gil Lúcio Almeida, do Crefito-SP, a posição ideal para o uso do notebook, por exemplo, é colocá-lo no colo, a uma distância que permita uma leitura confortável e ao mesmo tempo provoque a menor inclinação possível da cabeça para frente.

Há também a preocupação com a posição das mãos. O ideal é manter os dedos alinhados com o punho e tentar saber localizar de forma automática a posição das letras e números no teclado. Isso evita a inclinação maior das mãos no teclado e da cabeça sobre ele.

É recomendado quando o uso for prolongado, que o usuário coloque o notebook em uma mesa, e utilize o mouse. O fisioterapeuta indica trabalhar com fontes grandes ou maior zoom e, caso for transportar o equipamento, colocá-lo numa mochila.

"O uso de notebooks sem a observância dos devidos cuidados posturais pode ocasionar lesões por esforços repetitivos - LER. Por isso, é necessário que, dependendo da carga horária de permanência em frente ao computador, haja alguns minutos de intervalo para um alongamento do corpo - aplicação da Ginástica Laboral", sugere a tutora do Portal Educação, Bianca de Lima.

Veja abaixo o modelo correto do posicionamento na frente do computador:

 

Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais no Programa Saúde da Família

O Coffito, por meio da Comissão de Assuntos Parlamentares, solicitou à deputada Gorete Pereira a apresentação de um projeto de lei que incluísse os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais no Programa Saúde da Família. O programa já contava com os profissionais da Medicina, Enfermagem e Odontologia. O projeto foi analisado na Comissão de Seguridade Social e recebeu uma emenda que tornava obrigatória a presença dos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais em todas as equipes do Programa. O deputado Pepe Vargas (PT-RS) entendeu que a solicitação era inconstitucional, uma vez que onerava o estado sem prévio planejamento orçamentário, além de caber ao executivo a decisão de destinação dos recursos.
 
Foi feito um acordo, e a proposta seguiu para a Comissão de Finanças e Tributação. Esta Comissão aprovou o projeto incluindo os profissionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional no Programa, mas sem a exigência obrigatória em todas as equipes. O projeto está na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados e aguarda o parecer do relator Geraldo Pudim (PR-RJ). A CAP continua lutando para que o projeto seja aprovado nas comissões e em plenário.
 
Fonte: Site do COFFITO

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O QUE É A FISIOTERAPIA?

DEFINIÇÃO
É uma ciência da Saúde que estuda, previne e trata os distúrbios cinéticos funcionais, intercorrentes em órgãos e sistemas do corpo humano, gerados por alterações genéticas, por traumas e por doenças adquiridas. Fundamenta suas ações em mecanismos terapêuticos próprios, sistematizados pelos estudos da Biologia, das ciências morfológicas, das ciências fisiológicas, das patologias, da bioquímica, da biofísica, da biomecânica, da cinesia e da sinergia funcional de órgãos e de sistemas do corpo humano.

O PROFISSIONAL FISIOTERAPEUTA
Profissional de Saúde, com formação acadêmica Superior, habilitado na construção do diagnóstico dos distúrbios cinéticos funcionais (Diagnóstico Cinesiológico Funcional), na prescrição das condutas fisioterapêuticas, sua ordenação e indução no paciente, bem como no acompanhamento da evolução do quadro funcional e a sua alta do serviço. O Fisioterapeuta é um profissional que atua em todos os níveis de atenção à saúde: promoção, prevenção, intervenção e cura.

HISTÓRIA DA FISIOTERAPIA

Na Antiguidade (mais ou menos entre 4000 a. C. e 395 d.C.) havia uma preocupação em eliminar as doenças através da utilização de agentes físicos (sol, luz,calor,água e eletricidade), massagens e exercícios físicos. Segundo Shestack (1979), "Os médicos na Antiguidade conheciam os agentes físicos e os empregavam em terapia. Já utilizavam a eletroterapia, sob a forma de choques com um peixe elétrico, no tratamento de certas doenças".

Ainda nessa época, a China registra obras de cinesioterapia em 2698 a.C. Na mesma época na Índia usa-se de exercícios respiratórios para evitar a constipação.
A Idade Média, caracterizada por uma ordem social estabelecida no plano divino, foi uma época de lacuna em termos de evolução nos estudos e na atuação na área da saúde. A alta valorização da alma neste período e o interesse pelo desenvolvimento da capacidade física pelas camadas mais privilegiadas parecem ter sido responsáveis por essa lacuna. Desenvolveu-se portanto nesta época uma fisioterapia destinada a outros fins que não o curativo e sim o de incremento da potência física.
Após esse período de estagnação dos estudos, surge o Renascimento (período entre os séculos XV e XVI ), descrito como um momento de crescimento científico e literário. Há então,uma retomada dos estudos onde o interesse não destina-se apenas a concepção curativa, mas também a manutenção do estado normal existente em indivíduos sãos.
Entre os séculos XVIII e XIX ocorre a industrialização, momento caracterizado por um avanço na utilização de máquinas e uma transformação social determinada pela produção em larga escala. Houve o desenvolvimento das cidades, bem como surgiram condições sanitárias precárias, jornadas de trabalho estafantes, e condições alimentares insatisfatórias que provocaram a proliferação de novas doenças. O surgimento de novas patologias e epidemias exigiram da medicina um desenvolvimento nos estudos. Nessa época parece que todos os estudos na área de saúde concentraram sua atenção ao "tratamento"das doenças e seqüelas e deixaram de lado as outras vertentes iniciadas na época renascentista, a "manutenção" de uma condição satisfatória e a "prevenção" de doenças. A atenção ao "tratamento" faz surgir a idéia de atendimento hospitalar. Mais tarde, ainda no século XIX, surgem as especializações médicas . A Fisioterapia parece ter seguido a mesma direção dividindo-se em diferentes especialidades. No decorrer da história percebemos que a fisioterapia sofreu todas essas oscilações, passando pela atuação curativa na antiguidade, pela estagnação na Idade Média, pela atenção preventiva concomitante a curativa durante o Renascimento e novamente pelo direcionamento puramente curativo durante a industrialização.
No Brasil, a fisioterapia surgiu como uma forma de solução para os altos índices de acidentes de trabalho.